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O Centro de Pesquisas Oncológicas (CEPON), unidade da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC), intensifica neste mês as ações do Novembro Azul, campanha de conscientização sobre a saúde do homem e a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata. Em 2025, o movimento ganha ainda mais relevância com a integração do CEPON ao 40º Congresso Brasileiro de Urologia (CBU), o terceiro maior evento de Urologia do mundo.
Como parte da programação oficial, o CEPON sediará, nos dias 13 e 14 de novembro, dois cursos pré-congresso teóricos e práticos, com foco em técnicas cirúrgicas atualizadas e novas tecnologias aplicadas à Uro-oncologia. Na ocasião, 16 pacientes que aguardavam na fila do CEPON para cirurgias ou exames terão a oportunidade de realizar seus procedimentos.
“O Novembro Azul reforça a importância do cuidado preventivo e da informação como ferramentas fundamentais na luta contra o câncer. No CEPON, atuamos para que a população tenha acesso a diagnóstico precoce, tratamento de excelência e acolhimento humanizado. Estar engajado nessa campanha é reafirmar o nosso papel como referência em oncologia e como parceiro do Estado na promoção da saúde do homem”, destaca o diretor-geral do CEPON, Dr. Marcelo Zanchet.
Durante o mês de novembro, o CEPON também promoverá palestras educativas, ações de conscientização voltadas aos colaboradores e pacientes, e a iluminação azul da fachada da instituição — símbolo mundial da campanha.
Essas iniciativas reforçam o compromisso do Centro em combinar ciência, prevenção e acolhimento na luta contra o câncer.
Integração científica e inovação
O Curso de Cirurgia Videolaparoscópica / Uro-oncologia, que abrirá o pré-congresso no dia 13, contará com uma série de apresentações e demonstrações práticas sobre procedimentos como a prostatectomia radical e a nefrectomia parcial laparoscópica, ministradas por renomados especialistas de todo o país.
Já no dia 14, o curso será voltado à Cistoscopia Flexível com Narrow Band Imaging (NBI), tecnologia que permite avaliar a bexiga e detectar lesões com maior precisão. A ação abordará as mais recentes perspectivas terapêuticas para o câncer de bexiga, incluindo o uso de imunoterapias, terapias intravesicais e técnicas cirúrgicas minimamente invasivas.
De acordo com o urologista do CEPON e coordenador do curso, Dr. Rodrigo Lolli, a realização dos eventos representa um avanço significativo para o Estado e para o serviço público de saúde. “Florianópolis será sede do terceiro maior congresso de urologia do mundo, reunindo grandes nomes da especialidade. O CEPON terá a honra de participar desse momento, sediando dois cursos que trarão benefícios diretos aos profissionais e, consequentemente, aos pacientes — com a incorporação de novas práticas, tecnologias e conhecimentos que impactam na qualidade do cuidado oferecido ", afirma Lolli.
Diagnóstico precoce
Entre janeiro e outubro de 2025, o CEPON realizou 297 diagnósticos de câncer de próstata, o que reforça a relevância da instituição na prevenção e no tratamento da doença. O câncer de próstata é o tipo mais comum entre os homens, excluindo o câncer de pele não melanoma, e costuma ser assintomático nas fases iniciais. Os principais sinais de alerta incluem:
- Aumento da frequência urinária, especialmente à noite;
- Dificuldade para urinar ou sensação de esvaziamento incompleto da bexiga;
- Dor ou ardência ao urinar;
- Ejaculação dolorosa.
O diagnóstico precoce é realizado por meio do exame de PSA (Antígeno Prostático Específico) e do toque retal, que permitem identificar alterações ainda em estágios iniciais. “O toque retal possibilita avaliar a próstata de forma direta, mesmo quando o PSA apresenta níveis normais”, explica o Dr. Rodrigo Lolli.
Ele ressalta que os exames devem ser feitos anualmente a partir dos 50 anos — ou aos 45, para homens com fatores de risco, como histórico familiar, obesidade ou raça negra.“Ainda enfrentamos tabus e resistência masculina quanto aos exames de prevenção, mas é fundamental lembrar que, quando detectado precocemente, o câncer de próstata tem até 97% de chances de cura”, reforça o especialista.
Texto: Michelle Valle / Comunicação CEPON
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