Setembro Verde: Estado reforça importância da doação de medula óssea e do transplante no tratamento de leucemias

A cura de doenças como leucemias e linfomas muitas vezes depende de um transplante de células-tronco, colhidas na medula óssea ou no sangue periférico. Em celebração ao Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, 20 de setembro, e a Conscientização da Leucemia Mieloide, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) reforça a relevância da doação de medula óssea para salvar vidas e destaca avanços na assistência prestada à população.

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Foto: Divulgação

No Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), instituição do Governo do Estado, o serviço é referência nacional. De janeiro a agosto de 2025, já foram realizados 81 transplantes, consolidando a unidade como a única em Santa Catarina a realizar transplantes autólogos (com células do próprio paciente) e alogênicos (com células de doadores).

“O transplante de medula óssea é uma das ferramentas mais poderosas no tratamento de doenças hematológicas graves. No Cepon, buscamos oferecer não apenas um tratamento de excelência, mas também uma esperança real para nossos pacientes e suas famílias”, afirma o diretor-geral, Dr. Marcelo Zanchet.

Criada em 1999, a Unidade de Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas (TCTH) iniciou com transplantes autólogos e, em 2018, passou a realizar também os alogênicos, ampliando as possibilidades de tratamento. Somente em 2024, foram feitos 119 transplantes no Cepon.

A gerente técnica, Dra. Mary Anne Taves, destaca a importância da atenção aos sinais e da realização de exames de rotina. “O diagnóstico pode ser feito por exames simples, como o hemograma. O hemograma pode indicar sinais iniciais da doença, como anemia, plaquetopenia e presença de células jovens (blastos). Como a leucemia pode evoluir de forma silenciosa, é fundamental estar atento a sintomas como febre persistente, infecções recorrentes, fadiga extrema, emagrecimento sem causa aparente, sangramentos e hematomas”, explica.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 760 novos casos de leucemia devem ser registrados em Santa Catarina em 2025, sendo 50 apenas em Florianópolis. A doença está entre os dez tipos de câncer mais frequentes no país. No Cepon, entre janeiro e agosto deste ano, 270 pacientes receberam atendimento com diagnóstico de leucemia, incluindo 27 em primeira consulta.

Luta contra a leucemia

Paciente do Cepon, Ritcheli Stein recebeu o diagnóstico de leucemia promielocítica aguda, um sub-tipo da leucemia mieloide, em 2021. Os primeiros sinais que apareceram foram fraqueza, sangramentos na gengiva e manchas roxas pelo corpo. “Eu fiz um hemograma no laboratório porque estava me sentindo muito fraca, tinha muito sangramento na gengiva e várias manchas roxas. Quando o resultado ficou pronto, a bioquímica me ligou e me aconselhou a procurar um hospital. No dia seguinte, já fui diagnosticada com leucemia. Eles sabiam que era uma leucemia, mas ainda não o tipo. Depois de mais exames, três dias depois, comecei a quimioterapia”, conta.

A paciente passou por três sessões de quimioterapia, mas enfrentou recaídas da leucemia. Em 2023, realizou um transplante autólogo, porém a doença retornou e foi necessário um novo transplante. “Após as recaídas, precisei de um doador compatível. Pelo Redome encontrei um jovem de Minas Gerais, que se tornou meu doador e também um amigo. Fiz meus dois transplantes pelo Cepon e hoje sigo em recuperação, com saúde e gratidão”, conta Ritcheli, que completa no dia 20 de setembro dois anos do transplante que salvou sua vida. “Nós não somos um diagnóstico. A cura é sim possível! Manter a cabeça positiva, e gastar nossas energias somente com força e esperança!” conclui.

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Foto: Divulgação

Como se tornar um doador

A chance de encontrar um doador compatível na família é de apenas 25%. Quando não há doador aparentado, a busca se amplia para o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), em que a compatibilidade entre não aparentados é de 1 em 100 mil.
Em Santa Catarina, o cadastro pode ser feito no Hemosc. Para mais informações, acesse www.hemosc.org.br.
Fazer o bem está ao alcance de todos, cadastre-se como doador de medula óssea e ajude a salvar vidas!

Mais informações:
Michelle Valle
Comunicação Cepon
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado da Saúde
(48) 99134-4078
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