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Na tarde desta terça-feira, 20, os dados sobre a situação epidemiológica da dengue em Santa Catarina foram atualizados no informe, que a partir de agora passa a ser semanal. O documento revela que a curva de casos prováveis da doença continua em alta no estado.

RTR 1912Foto: Ricardo Trida / Secom


Já foram registrados 17.696 casos prováveis de dengue em 177 municípios catarinenses. Os dados mostram um aumento de 650% em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, já foram confirmados oito óbitos pela doença (Joinville (05), Araquari (01) e Itajaí (01) e Itapiranga (01)) sendo que outras duas mortes ainda seguem em investigação nos municípios de Araquari e Navegantes.

Foram identificados 12.885 focos do Aedes aegypti em 215 municípios, sendo que 155 desses são considerados infestados pelo mosquito.

A incidência acumulada (casos por 100 mil/hab) em 2024 nas regiões de saúde é de: Nordeste (1076,71) Foz do Rio Itajaí (392,93), Médio Vale do Itajaí (287,03), Grande Florianópolis (262,24), Vale do Itapocu (130,48) e o Extremo Oeste (113,06). Apesar da concentração nessas regiões, casos prováveis foram notificados em municípios das 17 regiões de saúde.

Casos de chikungunya

Além da dengue, SC já tem 70 casos prováveis de chikungunya. Na comparação com o mesmo período do ano 2023, quando foram notificados 09 casos prováveis, observa-se um aumento de 677,8%. Segundo o diretor de vigilância epidemiológica de Santa Catarina, João Augusto Brancher Fuck. “Os dados demonstram o aumento da sensibilidade dos profissionais de saúde para o diagnóstico da doença no estado. Isto é importante para que possamos identificar rapidamente a presença do vírus no estado”.

O superintendente de Vigilância em Saúde, o médico infectologista Fábio Gaudenzi, alerta para os sinais e sintomas da doença, como a febre e dor importante nas articulações. “A chikungunya é uma doença de grande morbidade o que nos preocupa e acende um alerta para que cada vez mais a população fique atenta aos sinais e sintomas e procure uma unidade de saúde rapidamente para realizar o tratamento adequado”, finaliza.

Decreto de emergência

Ainda nessa semana, o Governo do Estado de Santa Catarina deve decretar situação de emergência de saúde pública em todo o território catarinense diante do risco epidemiológico causado pela dengue.

O elevado número de municípios infestados pelo mosquito Aedes aegypti; o elevado número de casos prováveis de dengue notificados quando comparado ao mesmo período de 2023; o registro de óbitos em decorrência da dengue e a ocorrência de eventos que apresentam potencial risco de extrapolação da capacidade de resposta, bem como de saturação do Sistema Único de Saúde (SUS) sob a direção municipal e estadual são as justificativa para que o Governo do Estado lance mão deste instrumento.

A secretária Carmen Zanotto enfatiza a importância de todas as ações necessárias para a organização da rede de serviços de atenção à saúde. “As ações devem facilitar o acesso e o tratamento adequado dos pacientes, a fim de evitar complicações e mortes associadas a essa doença, neste momento de transmissão acelerada de dengue, que pode ser saturar a rede de assistência rapidamente”, finaliza Carmen.

Confira aqui o informe epidemiológico completo.