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Uma bebê prematura de apenas quatro meses marcou a retomada da realização das cirurgias de fotocoagulação a laser no Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG), após seis anos. O procedimento foi realizado nesta quinta-feira, 14, e busca reverter a retinopatia da prematuridade. Até então, o hospital de referência para o tratamento, na Grande Florianópolis, era o Regional de São José (HRSJ).

DSC09999Foto: Sid Macedo/Ascom

Para que essa retomada fosse possível, foi realizada uma força tarefa entre os Hospitais Regional de São José e Governador Celso Ramos com a cedência de equipamentos e materiais ao Hospital Infantil, enquanto está em trâmite a compra dos equipamentos para essa unidade.

Inicialmente, o HIJG terá a capacidade de realizar 20 procedimentos ao mês. A mudança visa centralizar os atendimentos pediátricos em um hospital infantil, separando dos procedimentos adultos. “Estamos trabalhando para dar maior segurança aos bebês e tranquilidade aos pais. Aqui, o Hospital Infantil tem equipe e estrutura ideais para realizar os procedimentos pediátricos e assim o Hospital Regional pode se dedicar a realizar os procedimentos nos pacientes adultos”, afirma a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto.

A pequena nasceu com apenas 25 semanas de gestação, sendo considerada uma prematura extrema. Devido a essa condição, os vasos sanguíneos que irrigam a retina não foram completamente desenvolvidos. Como consequência, alguns bebês chegam a perder completamente a visão e esse procedimento visa barrar a evolução do processo.

Na fotocoagulação a laser, é feita uma queima da área avascular da retina, e para esses casos, quanto antes esse procedimento ocorrer, melhor será o resultado. A oftalmopediatra Silvia Vieira dos Santos explica que a maior complexidade para a realização do procedimento é a fragilidade do paciente. “A dificuldade maior do ponto de vista clínico é um bebê mais frágil, um bebê que requer mais cuidados e então deve ser feito num local onde esse bebê possa ser assistido, tanto no pré-operatório como no pós”, explica.

A cirurgia possui de uma a duas horas de duração. “Do ponto de vista oftalmológico, é uma recuperação muito tranquila. Esse bebê é avaliado depois de uma semana para ver a resposta ao procedimento”, complementa a médica.

Sobre a retinopatia

A retinopatia da prematuridade é uma das principais causas de cegueira na infância. Os dados indicam que atualmente há cerca de 50 mil crianças cegas em razão da doença em todo o mundo. Em geral, a doença é leve e se resolve espontaneamente. Contudo, em uma pequena porcentagem de bebês afetados, que pesam menos de um quilograma no nascimento, o distúrbio é grave e progride até causar o descolamento da retina e perda de visão no prazo de dois a 12 meses após o parto.

O exame de rotina de prematuros possibilita a identificação de formas graves da doença e o tratamento por fotocoagulação ou crioterapia pode reduzir significativamente as sequelas.

Mais informações para a imprensa:
Karla Lobato
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado da Saúde
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